Servidores do Inep consideram greve a quatro dias do Concurso Público Nacional Unificado

Impasses nas negociações salariais podem afetar provas e comprometer cronograma de outros exames nacionais

Por Da Redação com Metrópoles 14/08/2024 - 09:35 hs
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A quatro dias do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), previsto para domingo (18/8), servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) decidirão nesta quarta-feira (14/8) sobre a possibilidade de greve. A reunião de terça-feira (13/8) entre os funcionários e o Ministério da Gestão não avançou nas negociações salariais, mantendo o impasse.

 

 

A mobilização inclui também os servidores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No mês passado, a proposta do governo Lula de reajustes salariais de 9% para 2025 e 3,5% para 2026 foi rejeitada pelas categorias.

 

Três servidores envolvidos nas negociações informaram em reserva que a greve pode impactar o CNU. Aproximadamente 30 funcionários do Inep, que são essenciais para a realização do concurso, têm passagens compradas para monitorar as provas em diversas regiões do país. Caso a greve se concretize, essas viagens poderão ser canceladas, afetando diretamente a aplicação do exame.

 

 

O CNU, que ocorrerá em 228 cidades e contará com cerca de 2,1 milhões de candidatos disputando 6,6 mil vagas em 21 órgãos públicos, está ameaçado. Além disso, a mobilização pode atrasar outros exames nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), agendados para novembro, caso não haja um acordo.

 

O FNDE, com um orçamento anual de R$ 100 bilhões, também poderá ser afetado. Uma greve poderia atrasar o repasse de verbas para escolas em todo o país, incluindo recursos emergenciais para o Rio Grande do Sul, que ainda se recupera dos danos causados por desastres climáticos em abril.